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Diversas pessoas têm dúvidas quanto à forma correta de como calcular juros ao mês. E não é para menos, pois são muito confundidos os conceitos de juros simples e compostos, fazendo com que se chegue a resultados errados. Mas há solução para isso, basta conhecer bem a diferença entre os dois sistemas de cobrança e fazer a conta certa para cada caso.
Este artigo mostra como é possível realizar isso. Ao ler o texto, você conhecerá melhor o conceito de juros ao mês. Saberá por quais razões eles existem, além de tomar ciência da diferença entre os juros simples e compostos e a forma correta de calcular cada um deles.
Prossiga na leitura e saiba tudo de uma vez por todas!
Um fato extremamente importante e negligenciado por muitas pessoas é que o dinheiro tem um custo. Sim, isso mesmo que você leu, há um custo a se pagar pelo próprio dinheiro.
Na maioria das vezes nós nos esquecemos disso ou mesmo sequer nem nos damos conta que é dessa maneira que funciona o trato com as finanças em geral.
Tal custo do dinheiro está relacionado a diversos fatores. Um deles é sua produção, mas não é ele quem dá origem aos juros. Um dos principais motivos para o dinheiro “custar” algum valor é a inflação que incide sobre a economia de todo e qualquer país.
Segundo esse conceito, a moeda de uma nação perde valor ao longo do tempo, comprando cada vez menos produtos com a mesma quantia de dinheiro.
Somado a isso há uma importante variável chamada de custo de oportunidade. Segundo esse conceito, existe um rendimento mínimo para o dinheiro e, se ele precisar ser empregado de alguma outra maneira, a remuneração equivalente deve superar esse rendimento mínimo.
É nesse momento que surgem os juros cobrados sobre uma determinada quantia de capital. Eles são exigidos para compensar a perda do poder de compra e o custo de oportunidade, no mínimo.
E faz muito sentido, pois qual seria a finalidade de emprestar dinheiro a alguém, se seu retorno fosse menor do que quando saiu da carteira? Melhor seria deixar em caixa.
No entanto, não é isso o que acontece. Continuamente pessoas e empresas necessitam de empréstimos para cobrir suas necessidades, quer seja a aquisição de um bem, quer seja o cumprimento de obrigações como uma folha de pagamento.
Nasce daí o que denominamos de mercado de crédito, na qual as taxas de juros são o principal balizador das operações.
Vale lembrar que os juros ao mês são uma taxa que engloba diversas variáveis, dentre elas as já citadas aqui anteriormente (inflação e custo de oportunidade).
A depender do agente de crédito, os custos da operação também podem ser embutidos, bem como o ganho de capital com a cessão de recursos realizada. É para isso que as instituições financeiras existem, conforme veremos a seguir.
Algumas variáveis por si só já justificam a existência das taxas de juros. A prova maior disso é que a economia é um organismo vivo e em movimento. Dessa forma, o dinheiro (que faz parte dela) não poderia deixar de seguir o mesmo fluxo, já que é o seu principal combustível.
Sendo assim, uma das primeiras explicações para a existência das taxas de juros é para movimentar o capital circulante na direção correta. E a principal causa disso é compensar o contínuo aumento de preços, o que se conhece como inflação.
Sem as taxas de juros compensatórias, em pouco tempo o dinheiro não serviria para absolutamente nada. No entanto, a economia é algo bem mais sofisticado que apenas a compensação de perdas.
É nesse momento em que surgem os agentes financiadores da expansão da atividade econômica. Em outros termos, estamos falando do mercado de crédito que, ao contrário do que muitos pensam, não existe apenas para remunerar os proprietários de capital.
Pense em uma família típica pertencente à classe média brasileira. É totalmente normal esperar que seus membros queiram melhorar sua qualidade de vida. Isso provavelmente significa comprar um carro ou mesmo adquirir a casa própria, deixando de pagar aluguel para morar.
No entanto, tais sonhos podem esbarrar na falta do capital total para ter os bens desejados. É nesse momento que um agente financiador entra em cena e cede um determinado valor a título de empréstimo. A família pode assim comprar o carro e a casa que tanto sonharam.
Para essa engrenagem funcionar adequadamente, o agente financeiro precisa ser remunerado, pois isso faz parte desse tipo de mercado. E isso é feito justamente por meio das taxas de juros. São elas que aumentam o capital recebido de volta em troca do empréstimo realizado.
Agora pense um pouco mais e vá além, tentando ver esse simples exemplo como uma peça de um quebra-cabeça bem maior: ao financiar a compra de um bem durável, o agente de crédito permite que mais carros sejam produzidos e outras moradias sejam construídas. Para que isso aconteça, é preciso contratar pessoas. Ou seja, ocorre a geração de empregos.
Em um aspecto ainda mais amplo, isso inclui financiar também a expansão de empresas de diversos segmentos. Quando uma delas quer ampliar sua produção, pode recorrer a financiamentos e pagar juros por isso.
Em contrapartida, produzirá mais e contratará mais pessoas para seu quadro funcional. Em resumo, as taxas de juros são responsáveis por dar emprego para os cidadãos.
Certamente, é preciso diferenciar cada um dos tipos de juros mencionados acima. Caso contrário, os cálculos certamente serão errados e um possível planejamento pode acabar dando errado. Mas não há motivo para preocupação, pois é tudo muito fácil de entender.
Os juros simples são uma forma didática de explicar o conceito de juros, praticamente. Eles não são uma realidade do mercado, pois sempre são aplicados a um capital inicial. Um empréstimo de R$ 1 mil com taxa de 10% ao mês levaria a um juro mensal sempre de R$ 100,00.
Já no caso de juros compostos, a regra é diferente: os juros incidem sempre sobre o valor apurado no mês anterior, e não no valor inicial.
Assim, no exemplo dado, os juros de 10% incidiriam sobre R$ 1 mil apenas no primeiro mês, pois no segundo seriam sobre R$ 1.100,00. Já no terceiro, 10% sobre R$ 1.210,00. No quarto, R$ 1.331,00 e assim por diante. São os famosos juros sobre juros.
Depois de entender a diferença entre juros simples e juros compostos, é possível saber que as maneiras de encontrar uma taxa mensal de juros a partir da taxa anual é diferente em cada caso.
O primeiro cálculo é bem mais simples que o segundo, mas nenhum deles é tão complicado assim. Para ilustrar, vamos considerar a mesma taxa ao ano para as duas situações: 12%.
Quando se tratam de juros simples, a matemática envolvida realmente é bastante simples. Para chegar ao resultado mensal, basta fazer a divisão da taxa anual pelo número de meses equivalente.
Como um ano tem 12 meses, a taxa mensal será o percentual indicado ao ano dividido por 12. Logo, nesse primeiro caso, temos que a taxa de juros mensal será de 12/12 = 1% ao mês.
Você deve estar se perguntando se não seria esse o resultado do cálculo, caso a taxa de juros fosse composta, não é mesmo? A verdade é que não é assim, e as contas que costumeiramente fazemos de juros compostos como sendo de juros simples simplesmente estão erradas.
Para chegar a uma taxa de juros compostos de 12% ao ano, tenha certeza de que a taxa mensal não será de 1%. Não mesmo.
Isso porque o conceito de juros sobre juros nos leva a um resultado de 12,68% ao ano se a taxa mensal for de 1% ao mês, considerando os juros compostos como no caso da maioria das contas de mercado.
Os juros do cartão de crédito, por exemplo, funcionam dessa maneira. Se é assim, qual é a taxa mensal de juros para um resultado de 12% ao ano, então?
Para chegar ao resultado, é preciso recorrer a uma fórmula matemática um pouco mais elaborada. Ela deve ser usada conforme demonstrado a seguir.
Taxa mensal = [(1 + taxa anual)^(0,0833) – 1] x 100
Apesar de não ser uma fórmula matemática complicada, é necessário atentar para alguns detalhes para não chegar a um resultado incorreto.
O mais importante deles certamente é respeitar a ordem segundo a qual se deve fazer todas as contas. É preciso considerar os parênteses e colchetes da equação, além da ordem das operações matemáticas.
Assim, devemos começar pela potenciação, para depois fazermos a subtração e, por fim, a multiplicação. Acompanhe por partes como ficaria no caso do nosso exemplo, no qual queremos saber qual é a taxa equivalente mensal para o período de um ano.
Taxa mensal = [(1 + 0,12)^(0,0833) – 1] x 100
Taxa mensal = [(1,12)^(0,0833) – 1] x 100
Taxa mensal = [1,009484 – 1] x 100
Taxa mensal = [0,009484] x 100
Taxa mensal = 0,9484%
É essencial notar que quanto mais casas decimais tivermos depois da vírgula, mais acertado será o cálculo. Quando o valor a ser calculado é pequeno, talvez não se veja grande diferença.
Mas em valores maiores, certamente isso tem importância. Assim, a taxa de juros mensal para o valor de 12% ao ano é equivalente a 0,9484% ao mês de juros.
Saber calcular juros ao mês é extremamente importante para um bom controle de finanças. No âmbito empresarial, é necessário para tomar os empréstimos certos sem pagar nenhum tipo de juro abusivo. Faça uma simulação sem compromisso para entender de que forma pode ter crédito pessoal da melhor forma possível!
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